Algo que nunca terei...
E que talvez nunca tenha tido,
Todavia,
Ter ou não ter é relativo,
E altamente relacionável com o estar tendo,
Ou estar tentando ter
,ou ainda,
Estar tentando ter tido
Para que possa fazer sentido
Deveria ter sido,
Ou ser,
Ou estar sendo sido
E para encaixar,
Ter ido,
Tecido,
ter tido,
morrido,
vivido,
renascido...
é o real motivo do acontecido
que passou despercebido
como se nem tivesse sendo existido.
Porém não parou!
Está acontecendo
Com várias pessoas percebendo
Relações que estão sendo
Pairadas no vento
Podem causar tormento
Quando dissolver no cimento
Conseguido pelo pagamento...
E para quê rimar com “ento”?
“Ento” lembra então...
Então o que?
O “quê” não tem então,
Não tem não,
Como rimar, então ?
Não gostei do final
Z ão
Mas isso é perdição,
Porque ainda estão
Sem tocar no al
De final,
Contudo,
Terminal,
Terminante tentando terminar
Que puxa o vulgar
Com o tentar passar
Coisas para colar,
Ou indagar.
Unir
Que traz consigo
O tenho que ir
E talvez ter ido
Como agora
Ter ido embora
Dando o for
Sem querer
Enlouquecer
De tanto escrever
Palavras que tem o poder
De conceber
Mais palavras.
O que torna isso um ciclo vicioso
Que nem o gozo
...que tenho não tendo...
Maldito ciclo vicioso
Que demora igual o gozo
Pode se tornar perigoso
Se não for gostoso
Ao mesmo tempo vicioso
Que com certeza é gasoso!
Por isso gostoso ou vicioso?
Viciosamente gostoso,
Gostosamente vicioso
Viciosamente
Com ou sem
Prazer?
Vou sobreviver
Pensando em:
Estar tendo tido o que nunca tenho tendo!
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