A minha fada é muito culta
Sabe matemática, geografia, história.
E nunca se esquece que é a menina do poeta.
É doce! gosta muito de mim
É uma cigana, é uma coisa...
Que me faz chorar na rua, dançar no quarto,
Ter vontade de me matar
E de ser presidente da república.
É boba, ela! tudo faz, tudo sabe, é linda.
Dêem-lhe uma espada, constrói um reino.
Dêem-lhe um teclado, faz uma aurora,
Dêem-lhe uma razão, faz uma briga...!
E do pobre ser que Deus lhe deu,
Eu, filho pródigo, poeta cheio de erros
Ela fez um eterno perdido...
Sabe matemática, geografia, história.
E nunca se esquece que é a menina do poeta.
É doce! gosta muito de mim
É uma cigana, é uma coisa...
Que me faz chorar na rua, dançar no quarto,
Ter vontade de me matar
E de ser presidente da república.
É boba, ela! tudo faz, tudo sabe, é linda.
Dêem-lhe uma espada, constrói um reino.
Dêem-lhe um teclado, faz uma aurora,
Dêem-lhe uma razão, faz uma briga...!
E do pobre ser que Deus lhe deu,
Eu, filho pródigo, poeta cheio de erros
Ela fez um eterno perdido...
(Vinícius de Moraes)
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