Amemos o irregular, o inesperado, o inseguro, o ondulante,
o flexível, o pretensamente frívolo. Permaneçamos curiosos,
e até vivamos por curiosidade. Avancemos algumas vezes a
ignorância e desconfiemos dos pregadores da verdade.
A Verdade maiúscula é o paradigma das nossas ilusões.
Só podemos pretender algumas pequenas verdades de
passagem, rapidamente declaradas, sempre discutidas,
frequentemente esquecidas. Devemos preservar nossa
fragilidade como devemos salvar o inútil. A fragilidade
nos aproxima uns dos outros e o inútil nos permite a
evasão, é a nossa saída de emergência.
Jean Claude Carrière
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