“Então, que seja doce.
Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar
entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim, que seja doce.
Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada
do sono ou da insônia, contemplando as partículas
de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo;
repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce
que seja doce e assim por diante.
Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce,
talvez não saiba responder.
Tudo é tão vago como se fosse nada."
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